- Clara sentia em seu interior um chamamento para a entrega total ao Senhor.
- A realidade eclesial em que Clara se movia poderia lhe oferecer algumas escolhas de consagração na vida religiosa.
Enquanto a jovem se acha num processo vocacional,
fica sabendo que Francisco de Pietro Beranrdone havia abandonado tudo e
estava tentando criar um caminho evangélico novo. Ele e uns poucos companheiros
começaram a levar uma vida de comunhão fraterna e extrema pobreza, parecida com
a vida dos marginalizados de seu tempo, provocando comentários de todo
tipo. Também Rufino, primo de Clara, havia deixado família e bens,
riquezas e honras para viver singelamente e anunciar o evangelho de paz. Um dia
se lhe apresenta a ocasião de se aproximar da experiência de seu concidadão:
Francisco fala aos fiéis na Catedral de São Rufino, ao lado da casa de
Clara. A filha de Favorone, ouvindo-o, sente vibrar as fibras do coração em
profunda sintonia espiritual.
Nasce, assim, no
coração de Clara a vontade firme de tudo abandonar pelo Senhor Jesus Cristo,
descoberto e amado não somente no coração e na oração, mas também através do
caminho e do rosto de Francisco, que lhe mostra a via: o Filho de
Deus. Clara descobre nos olhos de Francisco o brilho da luz do Amor e ele
passa a ser para Clara o espelho de seu Senhor. Através dele, ela atinge
diretamente a pessoa de Jesus Cristo. Há qualquer coisa de indizível que
crescerá com os anos e dará origem a um relacionamento de comunhão fundado no
único Amor derramado no coração de ambos.
Faltam-nos Claras capazes de amar a Deus e dedicar-se por inteiro ao próximo em todos os seguimentos. Que a história de Santa Clara nos inspire a fazer o bem e a abrirmos os olhos ao sairmos de casa e ver no outro a pessoa de Cristo. Que a miséria do outro não faça parte da paisagem sombria do nosso país. Sejamos servos de cristo por inteiro e não somente na missa aos domingos.
Somente o abandono
confiante nas mãos do Pai celeste abre o coração à ação do Espírito e dá a
franqueza típica dos apóstolos de todos os tempos.
Abandone-se no amor
ao próximo.
Somente o abandono
confiante nas mãos do Pai celeste abre o coração à ação do Espírito e dá a
franqueza típica dos apóstolos de todos os tempos.
Abandone-se no amor
ao próximo.
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